"O Dispensário", no Teatro Diogo Bernardes

A existência de teatro amador, em Ponte de Lima, é antiga: vem, pelo menos, do século XVIII, com maior visibilidade a partir do século XIX, e, a título de exemplo, a ele estiveram ligados nomes como os de Sebastião de Sousa Sanhudo, Feliciano Guimarães, António Ferreira, Teófilo Carneiro, entre muitos outros. Conhecendo bons e maus dias, como a vida de todos nós, por aqui tem permanecido, num jogo de luzes e sombras, morte e renascimento, atingindo, após o 25 de Abril, fruto dos ventos da liberdade que varreram a censura e o medo para longe dos nossos “palcos”, um notável desenvolvimento.
Hoje e amanhã, no Teatro Diogo Bernardes, às 21H30, o grupo de teatro da Associação Cultural “Unhas do Diabo”, fundada a 23 de Maio de 1998, repõe, a peça do irlandês Sean O’Casey (1880-1964), “O Dispensário”, já representada pelo grupo em 2001. É, como então, uma peça séria e oportuna. Se puder, não perca.

Cena de "O Dispensário", pelo Grupo "Unhas do Diabo", em 2001.

[Para melhor informação sobre teatro amador e o grupo "Unhas do Diabo", consulte, a revista O Anunciador das Feiras Novas, 2006, pp. 146/156, "O Teatro de Amadores em Ponte de Lima", por Maria Gorete Moreira e Margarida Fernandes, e, Limiana, Revista de Informação, Cultura e Turismo, n.º5, Novembro/Dezembro de 2007, pp. 19/21, "O Movimento Teatral em Ponte de Lima nos últimos 40 anos", por Dantas Lima.]