sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

O MERCADO MUNICIPAL


Na visita que habitualmente efectuo ao blogue “Anunciador das Feiras Novas”, de José Carlos Loureiro, aceitei o convite para a leitura do comentário de André Rocha a um dos seus textos.
Nele, André Rocha, que nos últimos tempos, de forma lúcida, pedagógica, nos tem permitido entender, com sustentadas propostas, como seria simples melhorar o ambiente urbanístico do nosso burgo e prevenir dislates futuros, fala da escassez, em Ponte de Lima, de exemplos arquitectónicos inseríveis “no movimento moderno ou modernista português”.
No mesmo tema, no seu blogue “arquitectura e ponte de lima”, André Rocha desenvolve a apreciação a três “obras de arquitectura marcadamente contemporânea”, para a qual vos remeto, e me merece uma avaliação de mirone, no que concerne à apreciação do valor arquitectónico das mesmas, pois aos meus olhos falta em especialização o que já sobra em idade, embora não aprecie o novo espaço do Mercado Municipal que, na linha de construções anteriores, veio desarmonizar a zona ribeirinha.
Quanto a utilidade e funcionalidade, e confinando-me apenas ao Mercado Municipal (já revelo a razão) e sem que isto tenha a ver, necessariamente, com a análise de André Rocha, parece-me que a remodelação foi completamente ineficaz, a não ser, como refere André Rocha, que ela tenha sido pensada “prevendo uma extinção no futuro como mercado”, embora, também já tenha lido que, com este edifício, “Ponte de Lima dota o futuro com um infra-estrutura de grande nível, criando condições para que o comércio tradicional seja portador de uma genuinidade capaz de competir e vencer aos produtos estereotipados do comércio multinacional”[i]. Sim, li isto.
Como prometido, a razão deste texto é que, ao ler o de André Rocha, recordei que guardava um recorte, retirado do n.º 2104, de 17 de Fevereiro de 1928, do jornal “Diário de Lisboa”, onde a localização do futuro Mercado Municipal de Ponte de Lima era objecto de contestação.
Aqui fica esse artigo, assinado por D.T. (Domingos Tarrozo?), sem mais observações:




[i] - Ponte de Lima. Uma Vila Histórica do Minho, p.376, Município de Ponte de Lima, 2007.

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