terça-feira, 1 de maio de 2007

TARQUÍNIO VIEIRA NA COMPANHIA ESTER LEÃO - ALEXANDRE DE AZEVEDO





Em Fevereiro de 1929, surgiu, no Teatro Apolo, em Lisboa, uma nova companhia teatral, titulada por Ester Leão e Alexandre de Azevedo. Na sua estreia, com a peça A Pequena do Bristol, os intérpretes foram Ester Leão, Alexandre de Azevedo, Sofia Santos, Vasco Santana, Izalda de Vasconcelos, Jorge Grave, Maria Lagoa, Abílio Alves, Maria Campos, Tarquínio Vieira, Aurora Dubini, Artur Silva e Catalina Gimenez.
Mais tarde, com diversas reformulações no elenco, a Companhia transferiu-se para o Teatro Nacional D. Maria II, então designado Teatro Nacional Almeida Garrett, onde permaneceu de Abril a Novembro, e apresentou as peças A Ameaça, O Dominador, Oito horas em balão, O Tigre de Bengala, O Outro André, Chegar a Tempo..., O Processo de Mary Dugan.
Tarquínio Vieira não participou nas duas primeiras peças representadas no Nacional. Entretanto, no Teatro Politeama, ao lado de Maria Matos, Aura Abranches, Maria Helena, Ofélia Brochado, Miquelina Rodrigues, Gil Ferreira, Pinto Grijó, Raul de Carvalho, Luís Frade de Almeida, José Balsemão e Pascoal de Almeida, fez o “Charleston”, que a Companhia Adelina-Aura Abranches – Maria Matos, exibiu nesse espaço da capital.
Com a subida à cena de Oito horas em balão, do espanhol António Fernandez Lepina e o título original de Raid Madrid-Alcalá, com tradução (adaptação) de Carlos Ferreira, a 18 de Maio, Tarquínio Vieira regressou no papel de Juan Lopez, um cabeleireiro de senhoras que, segundo o crítico do Diário de Lisboa, A., “...nenhum “cabeleireiro” pode suplantar”. No mesmo jornal, a 22 de Maio, é novamente referido o seu desempenho. Considerado “uma das figuras interessantes do actual elenco do Teatro Nacional (...) Tarquínio Vieira interpreta de forma digna de reparo, brilhantemente, um curioso papel de cabeleireiro de senhoras, que é uma autêntica criação.”
Entra em todas as restantes peças que a Companhia representou no Nacional, embora, com a passagem da Companhia para a dependência do Empresário José Loureiro, no início de Setembro, Tarquínio Vieira tenha, temporariamente, abandonado a mesma*.
De Novembro de 1929 a fins de Janeiro de 1930, a Companhia instalou-se no Porto, no Teatro Sá da Bandeira, onde expandiu o repertório. No último dia de Janeiro está novamente em Lisboa, no Teatro Apolo, onde permaneceu até Março, partindo em digressão, iniciada em Setúbal, a 25 desse mês, e terminada no Porto, em Julho.
Durante essa digressão, a Companhia efectuou dois espectáculos em Ponte de Lima, no Teatro Diogo Bernardes, com as peças O Processo de Mary Dugan, a 7 de Junho, e A Ameaça, a 8 de Junho. Foi a derradeira passagem de Tarquínio Vieira, como actor, pelo palco do Diogo Bernardes.
* - Durante este abandono, a Companhia representou, também, as peças O Comboio Fantasma e Quando nos Casamos.

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