quarta-feira, 12 de setembro de 2007

FEIRAS NOVAS 1867

Setembro, 19, 20 e 21 (quinta-feira, sexta-feira e sábado).

E “...nos estão quase a bater à porta as ruidosas Feiras Novas ou de Nossa Senhora das Dores. É por central um dos mercados mais concorridos da província e faz-se nos dias 19, 20 e 21 do corrente.
Mais uma ocasião para os Manueis respirarem do insano lavor do campo, e virem com as suas Marias saborear às margens do Lima o presunto, o paio ou os pastelinhos de bacalhau.
Levam por ventura estas alminhas do senhor melhor vida e mais divertida, que muitos, que tem contos de reis nestes e naqueles bancos sem ser nos de cozinha.
Pobretes mas alegretes. Não há festa, não há romaria nenhuma, onde os filhos de Ceres não apareçam, não com ancinho ou agarrados à esteva do arado, senão com suas banzas e rebecas, não esquecendo o clássico clarinete.
O espectador que n’estes dias procurar um ponto, que fique a cavaleiro da extensa planície d’área, em que as multidões se derramam, goza um riquíssimo panorama. (...)”
(cf., O Echo do Lima, n.º 111, 8 de Setembro de 1867)

“No dia de sexta-feira, que era o principal, (...) à noite ainda o povo enchia o areal e passeios contíguos por forma que difícil era romper por entre a multidão. O fogo de artifício, que foi excelente, terminou depois da meia noite.”
(cf. O Echo do Lima, n.º 115, 22 de Setembro de 1867)

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