A estrutura local do Partido Comunista Português traz até Ponte de Lima, de 18 a 27 de Abril, uma exposição evocativa da vida e da obra de José Dias Coelho, nascido, em Pinhel, a 19 de Junho de 1923, e morto a tiro, pela PIDE, numa rua de Lisboa, em 19 de Dezembro de 1961, numa época em que o regime de Salazar tinha aumentado as medidas repressivas, na sequência do desaire sofrido com a espectacular fuga, do Forte de Peniche, de Álvaro Cunhal e outros importantes dirigentes comunistas.
José Dias Coelho passara à clandestinidade em 1955, depois de uma empenhada participação pública na causa oposicionista, onde se incluiu a formação, em 1948, da Comissão Concelhia de Pinhel da Candidatura do General Norton de Matos à Presidência da República, (tendo sido preso pela PIDE, em plena campanha) e posteriores actividades associativas desenvolvidas, que culminaram com a sua expulsão do ensino, quer como estudante quer como professor.
José Dias Coelho, artista plástico, exercia significativa influência no meio intelectual, mesmo junto de nomes como os de Manuel Mendes, Fernando Namora, José Gomes Ferreira, Eugénio de Andrade e José Cardoso Pires, sendo, deste último, as seguintes palavras, pronunciadas em 1974:
“Foi. Para a frente e de cara voltada para a luz. E ele, que tanto adorava a cidade e o ar livre, caiu em plena rua, assassinado. Mesmo assim, quando o recordamos e o temos orgulhosamente connosco é à frente de nós que o sentimos - à frente, como o seu nobre coração.”
Mas a sua memória de há muito que tinha saído do silêncio. Zeca Afonso dera-lhe voz.
José Dias Coelho passara à clandestinidade em 1955, depois de uma empenhada participação pública na causa oposicionista, onde se incluiu a formação, em 1948, da Comissão Concelhia de Pinhel da Candidatura do General Norton de Matos à Presidência da República, (tendo sido preso pela PIDE, em plena campanha) e posteriores actividades associativas desenvolvidas, que culminaram com a sua expulsão do ensino, quer como estudante quer como professor.
José Dias Coelho, artista plástico, exercia significativa influência no meio intelectual, mesmo junto de nomes como os de Manuel Mendes, Fernando Namora, José Gomes Ferreira, Eugénio de Andrade e José Cardoso Pires, sendo, deste último, as seguintes palavras, pronunciadas em 1974:
“Foi. Para a frente e de cara voltada para a luz. E ele, que tanto adorava a cidade e o ar livre, caiu em plena rua, assassinado. Mesmo assim, quando o recordamos e o temos orgulhosamente connosco é à frente de nós que o sentimos - à frente, como o seu nobre coração.”
Mas a sua memória de há muito que tinha saído do silêncio. Zeca Afonso dera-lhe voz.
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