Sabemos que o autor, com singeleza, afirma ser esta sua nova obra uma homenagem aos conterrâneos que participaram na Grande Guerra (1914-1918), aos que foram e voltaram e aos que, na sanha do conflito, entregaram a sua vida.
Talvez por isso, este estudo do Luís Dantas, num estilo profícuo, sendo memorial, adquira, por vezes, uma carga literária que muitos romancistas não repudiariam ver reflectida nas suas edições. Pelas páginas do livro marcham, a par das causas da guerra, e da atitude que determinou o nosso posicionamento acerca da mesma, com todas as contendas, consequências e mudanças políticas que implicaram (algumas trágicas e com repercussões prolongadas), vivazes passos de comovedora solidariedade e abnegação, a verdadeira farda do heroísmo, quase sempre distante das razões dos decisores e do entendimento das suas escolhas.
De Angola e Moçambique à França, cenários da nossa participação no conflito, a história vai conhecendo alguns dos limianos que nele entraram e aqueles que, da Guerra das Trincheiras, não tornaram, deixando justificado, em letra de forma, o preito que o autor assevera e neste apontamento, propositadamente, repetimos.
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