quarta-feira, 13 de setembro de 2006

A IMPRENSA DAS FEIRAS NOVAS



O Arauto das Feiras Novas é a primeira publicação anual dedicada às feiras que, desde 1826, em Ponte de Lima se realizam, associadas aos festejos a Nossa Senhora das Dores, estes, ao que se sabe, vindos dos finais do século XVIII.
Da responsabilidade de Eduardo de Castro e Sousa, também proprietário e director do jornal Rio Lima, surgido no último dia de 1922, e que, na opinião de Júlio de Lemos, "era um gráfico muito inteligente e provada disposição de localista", O Arauto das Feiras Novas é editado, pelo menos, durante 13 anos consecutivos, de 1926 a 1938.
Volvidos nove anos, em 1947 e, novamente, em 1948, Augusto Amorim de Castro e Sousa, filho de Eduardo de Castro e Sousa e Laura Caldas de Amorim, publica O Anunciador das Feiras Novas. Homem ligada à imprensa, quer como tipógrafo quer como colaborador e correspondente de vários jornais locais e nacionais, onde se inclui o jornal República, Augusto Castro e Sousa legou-nos, ainda, os livros, "Nas Horas Livres da Minha Profissão" e, em colaboração com António Soares Correia, "Elucidário Regionalista de Ponte de Lima".
Em 1984, num gesto louvável e revelando grande capacidade empreendedora, desprendimento e espírito de sacrifício, Alberto do Vale Loureiro fez ressurgir O Anunciador das Feiras Novas - título mantido em homenagem ao seu mestre de artes gráficas, Augusto Castro e Sousa - desde logo com importante colaboração de cariz histórico e cultural, só aflorados nas modestas publicações anteriores, e que, com crescente interesse e consequente impacto, tem sido todos os anos publicado e vem preenchendo, com dignidade, um assinalável espaço.
O número XXIII, de 2006, está já disponível, recheado de colaboração diversificada, a vários níveis.
Bibliografia :
- Lemos, Miguel Roque dos Reis - Anais Municipais de Ponte de Lima, Ponte de Lima, 1938
- Vieira, Amândio de Sousa - Feiras Novas - 1826-2006, Ponte de Lima, 2006.

1 comentário:

Anónimo disse...

É interessante está informação.
Ainda vem que autores credíveis começam a pesquisar a nossa história, tão mal tratada, nos últimos anos.