sexta-feira, 8 de dezembro de 2006

COMPANHIA OS CÓMICOS POPULARES


Os jornais de Lisboa, de fins de Dezembro de 1945, noticiavam que a abertura da época de comédia, no Apolo, seria com a peça "A Madrinha de Charley".
No início de Janeiro, do ano seguinte, era anunciado que os ensaios de "A Madrinha de Charley", no Apolo, começariam brevemente dirigidos por Maria Matos.
A 3 de Fevereiro, o Diário de Lisboa publicitava "uma nova organização teatral, verdadeiramente nova: "A Companhia dos Cómicos Populares"...".
Esta Companhia, de que fazia parte o ponte-limense Tarquínio Vieira (na imagem, caricaturado por Amarelhe, de casaco às riscas), permaneceu em cena de 7 de Fevereiro a 23 de Abril de 1946, no Teatro Apolo, em Lisboa, representando duas peças: A Madrinha de Charley (Charley's Aunt, 1892), de Brandon Thomas, com adaptação de Luís Galhardo, remodelando a antiga tradução de Moura Cabral, entre 7 de Fevereiro e 6 de Março; Cuidado com a Bernarda!, de José Lúcio, tradução de Ascensão Barbosa, de 8 de Março a 23 de Abril.
Em ensaios entrou, entre outras, a peça "A Importância de se chamar Ernesto", de Oscar Wilde, em tradução livre de Alberto Barbosa e Irmãos Galhardo. No entanto, a Companhia não a chegou a representar.
Em "A Madrinha de Charley" actuaram Maria Matos, Costinha, Maria Helena, Eunice Muñoz, Maria Schulze, Joaquim Prata, Álvaro Benamor, Silvestre Alegrim, Sales Ribeiro, Rui Ferrão e Tarquínio Vieira.
Na peça "Cuidado com a Bernarda", também ensaiada por Maria Matos, para além dos actores já referidos, exceptuando Maria Helena, Joaquim Prata e Silvestre Alegrim, participaram, ainda, Luísa Durão, Isabel de Carvalho, Sara Rafael, Luísa Neto, Hortenze Rizzo, João Perry e Luís de Campos (que substituiu Álvaro Benamor, a partir de 01 de Abril).
A Companhia estava ligada à Empresa Piero Benardon.

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