No Arquivo de Ponte de Lima, Vol. V – 1984, incluído no trabalho de Ovídio de Sousa Vieira, Ponte de Lima nas Vereações Antigas, vem, na página oito, uma transcrição, referente a 22 de Janeiro de 1684, um sábado, de que nos permitimos extrair o seguinte:
“Casas da Câmara (...). Apareceram Gaspar Gonçalves e Manuel Rebelo, marchantes da Rua do Pinheiro (...). Obrigaram-se também a mandar correr dois touros cada um no dia de Corpo de Deus, e no dia de véspera, um para correr à volta da Igreja Matriz como é costume. (...)”
Esse costume, o de correr um touro, que, sem distinção pelo sexo do animal, se designou de Vaca das Cordas, todos os anos, na véspera do dia do Corpo de Deus, já se encontra documentado “no livro das Posturas Municipais de 1646, capítulo 56", como refere Miguel Roque dos Reis Lemos (1831-1897) em texto, datado de 20-6-1877, inserto, segundo José Rosa de Araújo, no jornal O Comércio do Lima. Nesse texto, Miguel de Lemos afirma que se ignora “a origem e data de inauguração de tão burlesco e brutal espectáculo. Ao inventor devia-lhe ficar o juízo a arder.”
Mais tarde, e figurando nos “Anais Municipais de Ponte de Lima”, Miguel de Lemos, não deixando de reafirmar que quando à origem e significado do espectáculo “não há nenhuma memória, nem corre nenhuma tradição”, “arrisca” uma “opinião” remetendo-nos para a mitologia e a religião egípcia, como base deste costume, numa explicação já muito divulgado e que, por isso, não repetimos.
Em 1998, com coordenação de Ovídio de Sousa Vieira, a Comissão Organizadora da Vaca das cordas editou uma brochura onde, para além de textos do coordenador, se incluíram alguns trabalhos anteriores, de diversos estudiosos, versando quer a vaca das cordas quer a restante tradição ligada às corridas de touros em Ponte de Lima.
No livro “A Vaca das Cordas em Ponte de Lima”, editado em 2006, Luís Dantas abre novas perspectivas quanto à origem e significado desta antiga tradição. Amanhã, como remate desta série de apontamentos, vamos publicar, com a autorização do autor, a intervenção que Luís Dantas fez durante a apresentação do Cartaz da Vaca das Cordas 2007.
“Casas da Câmara (...). Apareceram Gaspar Gonçalves e Manuel Rebelo, marchantes da Rua do Pinheiro (...). Obrigaram-se também a mandar correr dois touros cada um no dia de Corpo de Deus, e no dia de véspera, um para correr à volta da Igreja Matriz como é costume. (...)”
Esse costume, o de correr um touro, que, sem distinção pelo sexo do animal, se designou de Vaca das Cordas, todos os anos, na véspera do dia do Corpo de Deus, já se encontra documentado “no livro das Posturas Municipais de 1646, capítulo 56", como refere Miguel Roque dos Reis Lemos (1831-1897) em texto, datado de 20-6-1877, inserto, segundo José Rosa de Araújo, no jornal O Comércio do Lima. Nesse texto, Miguel de Lemos afirma que se ignora “a origem e data de inauguração de tão burlesco e brutal espectáculo. Ao inventor devia-lhe ficar o juízo a arder.”
Mais tarde, e figurando nos “Anais Municipais de Ponte de Lima”, Miguel de Lemos, não deixando de reafirmar que quando à origem e significado do espectáculo “não há nenhuma memória, nem corre nenhuma tradição”, “arrisca” uma “opinião” remetendo-nos para a mitologia e a religião egípcia, como base deste costume, numa explicação já muito divulgado e que, por isso, não repetimos.
Em 1998, com coordenação de Ovídio de Sousa Vieira, a Comissão Organizadora da Vaca das cordas editou uma brochura onde, para além de textos do coordenador, se incluíram alguns trabalhos anteriores, de diversos estudiosos, versando quer a vaca das cordas quer a restante tradição ligada às corridas de touros em Ponte de Lima.
No livro “A Vaca das Cordas em Ponte de Lima”, editado em 2006, Luís Dantas abre novas perspectivas quanto à origem e significado desta antiga tradição. Amanhã, como remate desta série de apontamentos, vamos publicar, com a autorização do autor, a intervenção que Luís Dantas fez durante a apresentação do Cartaz da Vaca das Cordas 2007.
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