Sem cuidar de enquadramentos de outra índole, que aqui não quadrariam, embora necessários e legítimos em sinopse mais abrangente, ressalvando, no entanto, a “importância social”(1) que a “ideologia liberal”(1) atribuiu ao teatro e a cujo contágio Ponte de Lima não ficou imune, esta localidade assistiu, entre 1840 e 1896, à inauguração de, pelo menos, quatro “theatros”:
1. Em 1840, ao Real Theatro de D. Fernando
2. Em 1868, ao Theatro do Casino Limarense
3. Em 1893, ao Theatro Chalet
4. Em 1896, ao Theatro Diogo Bernardes.
Do primeiro e do último, já, neste espaço, temos tratado vários pormenores da sua existência. Importa só referir que, como todos sabemos, o Teatro Diogo Bernardes é hoje propriedade municipal e na sua já longa história podemos encontrar traços indeléveis dos altos e baixos do nosso desenvolvimento. Quanto ao Teatro D. Fernando, num abre e fecha, capaz de alimentar o entrecho de uma comédia dramática, lá se foi arrastando, de 1840 a 1889, no edifício e em localização similar ao do actual Salão da Assembleia Municipal, onde, por vezes, se continua a assistir a hilariantes cenas.
Aos outros, de vida curta, voltaremos em nova ocasião. No entanto, não queremos deixar de referir que à “sociedade dramática do Casino Limarense”, que repartia os seus espectáculos entre o seu teatro e o de D. Fernando, esteve ligado um “mancebo” de nome Sebastião de Sousa Sanhudo, e, ao que parece, com notáveis qualidades artísticas. (*)
(1) – Rui Cascão, Vida quotidiana e sociabilidade, pg.529, Quinto Volume, “História de Portugal”, direcção de José Mattoso, Círculo de Leitores, 1993.
(*) – Este texto tem por base informação recolhida em diversas fontes, com destaque para a imprensa escrita.
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