quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

REPÓRTER X

Deixou nome, deixou obra, apesar de ter vivido demasiado depressa. Nasceu em Lisboa, a 10 de Agosto de 1897, e lá haveria de falecer, aos 38 anos, a 4 de Outubro de 1935. Não obstante a sua curta existência, a que a dependência da droga ditou o epílogo e prejudicou o trabalho criativo, foi um jornalista de imaginação fértil e processos inovadores e um profícuo escritor, sobejando-lhe ainda fôlego para viagens reais e fictícias, edição de jornais, produção e realização cinematográfica, rocambolescas escaramuças políticas de contorno internacional, etc.
Por razões profissionais, o nome de Tarquínio Vieira aparece associado ao de Reinaldo Ferreira (repórter X). Em 1928, em Dezembro, era anunciado que a Companhia Teatral Palmira Bastos- Alexandre de Azevedo, à qual o nosso conterrâneo pertencia, iria para o teatro de S. João, no Porto, e lá estrearia a peça de Reinaldo Ferreira, “a Dama do Sud”, que o autor tinha escrito adaptada da sua novela, de 1923, “O Homem da Cabeleira Branca”. Foi rebate falso, a peça só haveria de subir ao palco em 1931, no Teatro Ginásio, em Lisboa, a 22 de Janeiro.
Na Companhia do Ginásio, com direcção de Palmira Bastos, lá estavam, nessa altura, Alexandre de Azevedo e Tarquínio Vieira, que, com Constança Navarro, Leonor de Eça, Arlete Santos, Lino Ribeiro, Rafael Alves, Joaquim Miranda, Vítor Cruz, Jaime Zenoglio, José Miranda e João Perry, participaram no desempenho das diversas personagens de “A Dama do Sud”.
Mais tarde, no ano do falecimento do autor, Tarquínio Vieira haveria de actuar numa outra peça de Reinaldo Ferreira. Mas isso fica para ... mais tarde.
[Na foto de cima, Reinaldo Ferreira, entre Palmira Bastos e Alexandre de Azevedo. Também nela figura Tarquínio Vieira, o de sobretudo mais claro.]




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