quinta-feira, 3 de abril de 2008

A DAMA BRANCA

Erico Braga, para lá de distinto actor, foi um dinâmico empresário. Numa das suas iniciativas, em Dezembro de 1934, decidiu montar, no Teatro do Ginásio, em Lisboa, um espectáculo que incluía a representação, em estreia entre nós, de uma comédia, em dois actos, dos célebres irmãos espanhóis Álvarez Quintero (na fotografia, Seráfin (1871-1938) e Joaquín (1873-1944)), adaptada por Pedro Diniz com a designação de “A Dama Branca”, e a actuação, pela primeira vez em Portugal, da afamada cantora francesa Damia, de seu nome verdadeiro Marie-Louise Damien (1889-1978), que também era actriz, tendo entrado em diversos filmes.
No desempenho da peça, encenada por Lucília Simões, participaram, para além desta notável artista, no papel de D. Clara, a grande Adelina Abranches (Rita), Margarida de Almeida (Luísa), Judite Marques (Josefa), Erico Braga (Basílio), Henrique de Albuquerque (Ricardo Castro), Tarquínio Vieira (Miguel de Aguiar) e António Góis (Escopeta).
A cargo da “incomparável Damia”, “a grande trágica da canção francesa”, como, então, a apresentou o jornal “Diário de Lisboa”, ficava a restante representação.
Senhoras e senhores, Damia!

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