domingo, 13 de abril de 2008

O REI DO VOLFRÂMIO

Li, com curiosidade, o recente romance de Miguel Miranda, “O Rei do Volfrâmio”, após, ao folhear a obra, me ter apercebido que a freguesia ponte-limense de Vilar das Almas serve de charneira do enredo.
É em Vilar das Almas que o autor cria uma mina de volfrâmio, a Mina Paraíso, onde Petrónio Chibante, da Guerra Civil de Espanha à Segunda Guerra Mundial, se transforma no Rei do Volfrâmio, para achincalhamento do seu antigo patrão, o proprietário e industrial de serração Martinho Caga-Notas, a quem tinha conseguido, em golpe de mestre, comprar a bouça que lhe deu a fortuna e o titulou, e, também, para grande desespero do ricaço, torna-viagem, Império Amásio, um quase Conde, obrigado a assistir ao coroamento do Chibante, um verdadeiro rei, enquanto ele, nessas coisas do nobiliário, se ficou meio dentro, meio fora.
Fazendo entrecruzar passado e presente, por vezes mesclado em futuro, apelando a outras vivências e personagens, que o intuito deste apontamento dispensa de apresentar, pelas páginas do livro, para além de outros nomes locais, encontramos, ainda, a G.N.R de S. Julião de Freixo e ouvimos, ressuscitada, a Banda dos Bombeiros de Ponte de Lima.

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