quarta-feira, 9 de abril de 2008

A ARTE E A GUERRA 1914-1918, LUÍS DANTAS


É um importante contributo para a história da arte, balizada pelos anos da Guerra de 1914-1918.
Elucida-nos o autor, na curta introdução, referindo-se aos artistas apresentados, que eles prestaram “uma grande homenagem aos sobreviventes da guerra, mas também aos outros heróis que morreram...”. E é nessa homenagem que esta obra nos conduz aos cenários do conflito e aponta como o homem, mesmo nas piores situações, é ainda capaz de criar, numa vitória da paz sobre toda a barbárie.
Convoca os pintores H. Barraud (Grã-Bretanha/Canadá); Umberto Boccioni (Itália), Carlos Carneiro (Portugal), Otto Dix (Alemanha) François Flameng (França), Erneste Gabard (França), George Grosz (Alemanha/Suiça), Erick Heckel (Alemanha), Eric Henri Kennington (Grã-Bretanha), Ernest Ludwig Kirchner (Alemanha), Joseph Fernand Henri Léger (França), Sousa Lopes (Portugal), Frans Masereel (Bélgica), Mathurine Méheut (França), Menezes Ferreira (Portugal), Augusto Pina (Portugal), Louis Rémy Sabattier (França), Georges Scott (França), Lasar Segall (Lituânia/Alemanha), Dorothy Stevens (Canadá), Gino Severini (Itália), J. Simont (Espanha), Stanley L. Wood (Grã-Bretanha), Stuart Carvalhais (Portugal), Félix Valloton (Suiça), Jacques Villon (França); os cineastas, Charles Chaplin (Grã-Bretanha), Abel Gance (França), Geoffrey H. Malins (Estados Unidos da América); e os fotógrafos Joshua Benoliel (Portugal), Paul Castelnau (França), Fernand Cuville (França), Arnaldo Garcez (Portugal), James Francis Hurley (Austrália), Donald Thompson (Estados Unidos da América), Jean-Baptiste Tournassoud (França), e, com eles, sem cuidar de estigmatizar (é de arte que se trata), mostra-nos, ao lado do sofrimento, da crueldade, da destruição e da morte, a ternura, o amor, a esperança, por vezes em jogos de sedução, juntando a beleza da criação à fealdade das temáticas retratadas.
Finaliza este livro, em antecipação de um outro trabalho de Luís Dantas, já em impressão, “Os Limianos na Grande Guerra”, com um pequeno capítulo, dedicado às fotos de estúdio, incluindo retratos de naturais de Ponte de Lima.
A execução gráfica, muito bem cuidada e em estreia, é da Grafislímia, Artes Gráficas, Lda..

Sem comentários: