É o único livro de Luís Dantas com dedicatória impressa: a seu irmão Amândio, a sua filha Ana Catarina e à memória de Christopher Johnson McCandless (1968-1992).
Talvez o autor tenha querido simbolizar na oferta. Amândio (Sousa Dantas) é um poeta vertical; Ana (Catarina Dantas), muito jovem, promete em artes visuais; Christopher Johnson McCandless serve de bandeira à rejeição do egoísmo e a um idealismo extremado. E tudo em conjunto pode entroncar no melhor da Geração Beat, subtraídos os exageros e as muitas deturpações, relembrando esse grupo de irreverentes criativos que marcaram gerações, abriram espaço a renovadas expressões artísticas e literárias e enterneceram a dimensão estética e poética do nosso escritor.
Ulisses Duarte (1923-2008) dá-lhe contexto, ao caracterizar Luís Dantas: “Em “bolero-bar” rompe definitivamente com as estruturas literárias tradicionais e deixa-se influenciar pela contracultura e pelo inconformismo da geração beat.”. Publicado em 1974, pouco antes da Revolução de Abril, tem reedição em 2000 e 2006 em demonstração da fidelidade do poeta a essa sua vertente.
Creio não ter sido acaso, antes um gesto marcante, demonstrativo, a escolha do ano de 2010, ao perfazer 40 anos de vida literária, para a edição da “Geração Beat”. É uma antologia breve, mas abrangente, dos nomes mais evidentes desse Movimento, precedida de um ensaio explicativo dos seus desígnios.
Como finaliza a Introdução Luís Dantas, e, adaptada, serve para inscrição da forma como ele esteve entre nós, “para lá dos alaridos que se levantaram contra os modos desta geração, voavam pombas brancas nas bandeiras e máximas nos panos esticados:
MAKE LOVE NOT WAR.”
Talvez o autor tenha querido simbolizar na oferta. Amândio (Sousa Dantas) é um poeta vertical; Ana (Catarina Dantas), muito jovem, promete em artes visuais; Christopher Johnson McCandless serve de bandeira à rejeição do egoísmo e a um idealismo extremado. E tudo em conjunto pode entroncar no melhor da Geração Beat, subtraídos os exageros e as muitas deturpações, relembrando esse grupo de irreverentes criativos que marcaram gerações, abriram espaço a renovadas expressões artísticas e literárias e enterneceram a dimensão estética e poética do nosso escritor.
Ulisses Duarte (1923-2008) dá-lhe contexto, ao caracterizar Luís Dantas: “Em “bolero-bar” rompe definitivamente com as estruturas literárias tradicionais e deixa-se influenciar pela contracultura e pelo inconformismo da geração beat.”. Publicado em 1974, pouco antes da Revolução de Abril, tem reedição em 2000 e 2006 em demonstração da fidelidade do poeta a essa sua vertente.
Creio não ter sido acaso, antes um gesto marcante, demonstrativo, a escolha do ano de 2010, ao perfazer 40 anos de vida literária, para a edição da “Geração Beat”. É uma antologia breve, mas abrangente, dos nomes mais evidentes desse Movimento, precedida de um ensaio explicativo dos seus desígnios.
Como finaliza a Introdução Luís Dantas, e, adaptada, serve para inscrição da forma como ele esteve entre nós, “para lá dos alaridos que se levantaram contra os modos desta geração, voavam pombas brancas nas bandeiras e máximas nos panos esticados:
MAKE LOVE NOT WAR.”
(Publicado no novo Panorama, 20 de Julho de 2011)
6 comentários:
Eu li a recenção à Obra no jornal Novo Panorama. Foi uma geração que marcou a América na sua época.Não é por acaso .como se diz aqui, que o Luis escolheu esses visionários.
O que também prova a cultura universalista do escritor Luís Dantas.
J.Barros
Penso que nesta antologia breve da Geração Beat ,organizada e comentada por Luís Dantas, o escritor mais não desejou que prestar homenagem a uma geração que se bateu pela liberdade e tolerancia numa época dificil e intolerante,muita gente era perseguida pelas suas ideias da própria América.
Poetas e musicos criaram um movimemto que ainda hoje perdura -e já passaram 60 anos .
PB (Lisboa)
Uma cultura universalista,como já foi aqui dito ,mas que soube aliar o tradicional â modernidade,nunca antes assim trabalhado com tanto rigor.
O escritor LD deixa-nos uma herança literária a merecer a um estudo aprofundado.
António de Lima Soares
O luís era um homem assim.Perdemos um grande escritor .Que a nossa terra saiba estimar o legado literário que nos deixa.
Eu perdi um amigo.Ou por outra não perdi um amigo.Fica para sempre na minha lembraça ,enquanto pelo mundo andar.
Até um dia ,Luís .
JJG
Gostaria de saber como posso adquirir a obra Geração Beat do escritor,saudoso escritor Luís Dantas. Não a encontrei nas livrarias de Ponte de Lima.Não sei se está desponivel ao publico.
Alguem me pode informar ?
Fernando Amorim de Lima
A aqyisição da obra Geração Beat, talvez na Lethes Digital, no Centro Comercial rio Lima.
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