Nasceu, paredes-meias com o Rio Lima, a 03 de Agosto de 1946, em Ponte de Lima, na Rua do Arrabalde, então Rua Vasco da Gama, e, embalado pelo murmurar das águas estivais de encontro às pedras da ponte medieval, foi-se sedimentando, partícula a partícula, de generosidade e expressividade, desaguando, para além das borrascas, num ser fraterno.
Assim formado, encontrou na escrita, e que bem ele conviveu com as palavras, o prolongamento de uma existência de partilha consciente e permanente, sem querer saber que, por ela, iria cá ficar quando partisse.
O primeiro texto publicado, que conheço, do Luís de Sousa Dantas, está no jornal Cardeal Saraiva, de Ponte de Lima, numa prosa carregada de literatura e de inconformismo, Cenas da Aldeia, que remonta a Maio de 1965.
Depois veio a poesia e a recriação, o espertado e o sonho, a clareza interior e o driblar as meias tintas do quotidiano dessa época. E a atenção constante à condição humana, ao fluir e às transformações sociais. E foram muitos os textos e os estilos, pedindo, para equilíbrio, outras assinaturas: o cronista e poeta Hugo Ritson, o poeta Só, o publicista L.S.D., e, outra vez, o Luís de Sousa Dantas, em muitos géneros, tal como o Luís Dantas que grafou na maioria dos seus trabalhos e o acompanhou com assiduidade.
A sua obra de mais fino recorte literário servindo a existência de seres reais, uma obra-prima, As Figuras Populares de Ponte de Lima, começou a ser revelada em 1966, também nas páginas do Cardeal Saraiva, em escrito tendo como protagonista o Pinta Ratos e, sugestivamente, dedicado ao Padre Manuel Dias que em muito contribuiu para o Luís Dantas de quem nos orgulhamos.
Assim formado, encontrou na escrita, e que bem ele conviveu com as palavras, o prolongamento de uma existência de partilha consciente e permanente, sem querer saber que, por ela, iria cá ficar quando partisse.
O primeiro texto publicado, que conheço, do Luís de Sousa Dantas, está no jornal Cardeal Saraiva, de Ponte de Lima, numa prosa carregada de literatura e de inconformismo, Cenas da Aldeia, que remonta a Maio de 1965.
Depois veio a poesia e a recriação, o espertado e o sonho, a clareza interior e o driblar as meias tintas do quotidiano dessa época. E a atenção constante à condição humana, ao fluir e às transformações sociais. E foram muitos os textos e os estilos, pedindo, para equilíbrio, outras assinaturas: o cronista e poeta Hugo Ritson, o poeta Só, o publicista L.S.D., e, outra vez, o Luís de Sousa Dantas, em muitos géneros, tal como o Luís Dantas que grafou na maioria dos seus trabalhos e o acompanhou com assiduidade.
A sua obra de mais fino recorte literário servindo a existência de seres reais, uma obra-prima, As Figuras Populares de Ponte de Lima, começou a ser revelada em 1966, também nas páginas do Cardeal Saraiva, em escrito tendo como protagonista o Pinta Ratos e, sugestivamente, dedicado ao Padre Manuel Dias que em muito contribuiu para o Luís Dantas de quem nos orgulhamos.
19 comentários:
O Luís Dantas dedicou ,infelizmente nem sempre nos demos disso conta, a vida inteira à arte de escrever e escrever no melhor português.
Uma obra fundada no real e nas verdades da vida.Um humanista.
Carlos Fernandes
As figuras Populares, Os Garranos da Peninsula Ibérica,Os Limianos na Grande Guerra, A Revolta da Maria da Fonte. Obras do escritor Luis Sousa Dantas que marcam o nosso tempo.
J.Barros
Um dia todos temos de partir.O Luís partiu cedo damais.Homens assim deixam exemplos que engrandecem o ser humnano.
O escritor Luís Dantas marcou a sua geração.O tempo vai ajudar-nos a compreender,essa é a minha convicção.melhor a sua obra.
José Gomes de Oliveira
Um homem bom e um escritor maior.
O Luís Dantas é, sem sombra de duvidas,o maior criador pontelimense dos ultimos 40 anos .
As letras limianas perderam uma referência.Fica a sua obra.
CG - Viana do Castelo
Começou muito jovem a escrever.Lembro-me de poesias suas e crónicas no jornal Cardeal Saraiva.
A sua vida esteve sempre ao longo dos anos ,quer em Ponte de Lima e depois na cidade de Lisboa ,às coisas da cultura.
O Luís Dantas deixou uma obra única e de uma originalidade magnifica.
Conheci o Luís ainda ele era muito novo por isso sei do que falo.
Francisco Pereira
POnte de Lima na Revolução de 1383,obra de Luís Dantas, é um livro a merecer referencia e que há muito se encontra esgotado.
Aqui o escritor dá-nos um exemplo da sua escrita criativa e ao mesmo tempo de rigor histórico.
PB - Lisboa
O Luis conviviu muito com o padre Dias ,um homem culto e que muito cedo compreendeu o talento do Luís Dantas e o escritor do futuro.Não se enganou.
CM ( Viana do Castelo)
Desde ds muito novo o Luís Dantas
publicou contos ,poesia ,crónicas e algumas entrevistas no Jornal Cardeal Saraiva .
Ao tempo era seu director o advogado Alcides Pereira .
Deixou-nos um legado cultural e humano que é um exemplo para as novas gerações.
António de Sousa Antunes
Poucos homens da cultura, na nossa terra, conseguiram olhar para o povo mais simples e descobrir a sua grandeza de alma como o soube fazer o escritor Luís Dantas.
Entre escritores e poetas como António Feijó, T.Carneiro,Conde da Aurora,A.Ferreira,Vieira Lisboa.Quem melhor,depois dessa geração soube elevar a escrita literária limiana, ninguém o conseguiu fazer melhor como o escritor,recentemente desaparecido deste mundo.Luís Dantas
Gaspar Coutinho
O Luís dantas soube descer à alma do povo como nenhum outro escritor na sua terra, até hoje, o tinha conseguido .O seu livro" Fiquras Populares de Ponte de Lima" não tarda que se transforme num clássico da nossa literatura.
José Oliveira ( cidade de Lisboa)
Enfim, de plágios e outras coisas se fazem "escritores"...
Há gente que se põe em bicos de pés, com protagonismos baratos, balofos e coisa piores ...
O bom senso e a humildade precisam-se e as pessoas tem de ter bom senso ...
Há gente que nada fez pela terra, seja em termos politicos, autarcas, cedidania em diversas intituições e colectividades de interesse público, social, recreativo, cultural, desportivo etc. esses sim são os bons e verdadeiros limianos e não aqueles que só conhecem Ponte de Lima nas feiras novas e pouco mais ...
Enfim, como dizia esse grande limiano, "passageiros de terceira em carruagem de primeira, dão sempre estrilho".
Paz e descanso à sua alma, como simples mortais que somos ...
O que se espera é que na sua terra natal a sua grandeza humana a par do seu valor como escritor sejam plenamente reconhecida .
PB (Lisboa)
O que se espera é que na sua terra natal a sua grandeza humana a par do seu valor como escritor sejam plenamente reconhecida .
PB (Lisboa)
O que se espera é que na sua terra natal a sua grandeza humana a par do seu valor como escritor sejam plenamente reconhecida .
PB (Lisboa)
Concordo com Sousa Vieira a sua obra Figuras Populares de Ponte de Lima pesua sua criativida dá-nos um retrato autentico da sociedade em meados do século XX.
Obra grande com lugar fundado na nossa literatura maior.
Manuel Araújo
Concordo com Sousa Vieira ,a sua obra Figuras Populares de Pote de Lima pela sua criatividade dá-nos um retrato autêntico da sociedade limiana em meados do século XX.
Obra grande e com lugar fundadono nossa Literatura maior.
PS. (gralha corrigida )
Manuel Araújo - Ponte de Lima
Os Garranos na Peninsula Ibérica e A Revolta da Maria da Fonte são outros exemplos de grande rigor e grande engendo no trato com a lingua portuguesa .
Um escritor que, certamente, com passar do tempo vamos entender melhor a sua dimensão .
João Ferreira
Li recentemente o livro Os Limianos na Grande Guerra,publicado em 2008 . A par de um rigor histórico de grande labor ,vamos encontrar uma linguagem viva,criativa e que cativa quem gosta de ler a nossa boa literatura.
Luís Morais
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