Não tendo terminado a construção da nova “ermida do sancto” e “devido por certo ás grandes despezas que se teem feito”, na mesma, “a festividade em honra de S. João que n’esta villa costumava fazer-se todos os annos com pompa, e de um modo convidativo, não satisfez este anno a espectativa publica”.
Assim, no sábado, 23, “houve
à noute singela iluminação, e algum fogo de artifício”. No domingo, 24, “percorreram
as ruas poucos grupos de baile”.
Mas, o que mais parece ter desagradado
ao articulista do Lethes (n.º 147, de 26 de Junho de 1866), que nos tem
acompanhado entre aspas, foi, nesse mesmo domingo, à tarde, “a clássica tourada
que como de costume foi muito concorrida na maior parte pela gente do campo,
que dá a este bárbaro divertimento indessivel apreço!!”. E remata, parco na
notícia: ”Quando findará este espectaculo que tão pouco se harmonisa, com as
ideias da moderna civilização?”
Ficamos, ainda, a
saber, pela leitura do mesmo jornal, que a “banda de musica – a Nova “ que
tomou parte no domingo “na festa de S. João, com a apresentação do grupo
dançante” o fez sem ser “subsidiada por pessoa alguma”.
E para os que a
programação de 1866, do S. João em Ponte de Lima, não fosse atraente, havia, na
mesma vila, o cosmorama que, na rua da Ponte, n.º 10, o Sr. Manuel José
Rodrigues tinha estabelecido, “com 2 finos sterioscopios e 6 lentes com
magnificas vistas”.
Crédito da Imagem: Illustração Popular,Lisboa, ano de 1866, n.º 4 - 4 de Fevereiro
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