(aos sem terra, de todas as terras)
Há
um povo
a
caminhar errante,
sem
os pés em terra
que
seja sua,
pagando
portagens,
de
miséria e dor,
ao
egoísmo ancestral
dos
donos
de
mundos e almas.
Há
um povo
que
faz do corpo chão,
pisando-se
para
levantar o pó
e
nele moldar
o
renascer da vida.
Há
um povo,
corajoso,
chamado
sem terra,
porque
quer, de terra,
a
que lhe brota das entranhas.
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