terça-feira, 13 de novembro de 2012

PROTESTO



Não julguem que me rendo.
Não! Não me rendo.

Este alhear é sentido,
dói, dilacera,
faz-me ver,
enquanto o olhar disfarça,
o que em nós passa,
nos suja e impregna
de odor nauseabundo
(daí o sentido de maquilhagens
e perfumes)
e transforma em quase marionetas,
numa sociedade de seres
desprezíveis e mesquinhos
que deixam que a fome seja
a comida dos vizinhos,
que fecham os olhos à morte
de milhões de seres humanos
e alardeiam amor à vida
…em filantropomanias.

Merda…basta.
Já chega de trapaça.

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