JOSÉ DANTAS DE
MELO – A arte como vida
José Sousa Vieira
Nunca
procurou facilidades. Na vida, que diversas circunstâncias pareceram estreitar,
esteve sempre com estonteante inconformismo.
Forte
e destemido, com abundantes desafios nas suas incursões desportivas e lúdicas,
foi, à sua maneira rebelde, um homem de afectos e causas, abominando uma
organização social que o melhor que sabia repartir era a desigualdade.
As expressões artísticas que exteriorizou,
nos seus trabalhos em madeira e na fotografia, não são mais do que fragmentos
da sua própria existência, toda ela uma obra de arte.
Dizer que José Manuel Dantas de Melo,
nascido em Ponte de Lima, permaneceu entre nós de 1 de Julho de 1948 a 13 de
Fevereiro de 1975 serve para permitir a sua localização existencial e perceber
o contexto civilizacional em que se pôde movimentar. Referir que entre nós tem continuado
é redundância gasta mas necessária e atestável pelas conversas de muitos, que
por ele passam, e os testemunhos escritos que outros foram deixando depois de
ele, em defesa da coerência e do amor, ter decidido desistir.
Esta mostra, de cuidada organização, é uma
oportunidade para relembrar ou conhecer um artista. Aproveitemos.
[José
Dantas neste blogue
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