segunda-feira, 17 de junho de 2024

GRUPO CÉNICO TARQUÍNIO VIEIRA

 


 GRUPO CÉNICO TARQUÍNIO VIEIRA


Em 1934, na sua edição de 4 de Janeiro, o jornal Rio Lima noticiava que “acaba de organizar-se nesta vila [Ponte de Lima], um grupo de amadores da arte de Talma[1], para periodicamente levarem à cena uma série de espectáculos, cujo produto reverterá em benefício da Banda dos Artistas, Bombeiros Voluntários, Asilo Camões e subscrição para o monumento a erigir ao nosso egrégio poeta António Feijó”.

   Era, também, divulgado o reportório, todo de peças em 3 actos:” «Rosa do Adro», «Soldados do Bem», «Domingo de Páscoa», original de Delfim Guimarães e «A Feiticeira da Fraga», de Salvato Feijó, ilustre poeta nosso conterrâneo.”

”A todos estes espectáculos, prestará desinteressadamente o seu concurso a nossa Banda dos Artistas”

O mesmo jornal, a 15 de Fevereiro desse ano, informava que tinha assistido a um dos últimos ensaios “da emocionante peça dramática a «Rosa do Adro», extraída por Henrique de Macedo Júnior, do romance do mesmo título do festejado romancista, Manuel Maria Rodrigues”, e tinha tido “a satisfação de notar a perfeita distribuição do libreto e a forma como já alguns dos amadores declamam os seus papéis”. Acrescentando que “na parte feminina trabalha Albertina Saraiva, vocação já bem conhecida da nossa plateia e a debutante Rosa Pereira, que na peça vai desempenhar a parte da protagonista…”.

  Depois, tendo o jornal Rio Lima publicado um outro número a 28 de Fevereiro, em que nada refere do Grupo, e só regressando à edição a 1 de Setembro, justificando-se com a mudança de instalações (do Largo Dr. António de Magalhães, para a Rua Formosa (Pereiras)), e no outro jornal que então se publicava no concelho, Cardeal Saraiva, muito mais regular, a única referência ao Grupo que encontramos foi a publicação, a 28 de Maio, da carta de Tarquínio Vieira, datada de 23 desse mês, e que referimos em texto já divulgado, ignoramos o que sucedeu até essa data ao grupo e também os acontecimentos posteriores.



[1] Aquando desta divulgação, Tarquínio Vieira estava a actuar no Teatro Nacional, na peça Aquela Noite.

Crédito da Imagem: Postal Ilustrado, jornais Diário de Lisboa (inserido um anúncio publicado no n.º 3978 de 9 de Dezembro de 1933 (a referência ao dia 8 é gralha, devido à estreia ter estado anunciada para esse dia)), e Rio Lima (recorte de notícia no n.º 52, de 04.01.1934).

 

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