No Almanaque Ilustrado de O Comércio do Lima, 1908, o Padre Roberto Maciel escreveu:
“A propósito aí vai a tradição que explica o antiquíssimo brinquedo da ”vaca das cordas“, em véspera do Corpo de Deus. A igreja Matriz da primitiva Vila era templo pagão dedicado a uma deusa, que eles, os pagãos, adoravam sob a forma duma vaca.
Quando os cristãos fizeram sua esta Vila e converteram em templo cristão a igreja, tiraram dum nicho a imagem da deusa Vaca, prenderam-na com cordas, com ela deram três voltas à igreja e depois arrastaram-na pelas ruas da Vila, com aprazimento de todos os habitantes. Daí o tradicional costume da “vaca das cordas” (hoje parece-me que é “touro”) ainda com as três voltas à igreja Matriz e correria pelas ruas, para gáudio do rapazio e até dos mais velhos, com tanto que se pilhem, seguros, vem longe da rede que os da corda costumam lançar-lhes.”
É claro, esta explicação da origem da Vaca das Cordas não resiste a um confronto com a história, mas fica pelo seu cunho lendário e porque, ao descrever a forma da sua realização, no seu tempo, o Padre Roberto Maciel, então com 38 anos, nos deixa um pormenor interessante: a rede que, segundo ele, os da corda lançavam.
Seria para proteger o animal daqueles que “procuravam atingi-lo com o afilado prego seguro na extremidade de uma vara”?[i]
[i] - como transcreve, de um exemplar do jornal O Eco do Lima, do ano de 1908, José Carlos Loureiro, em O Anunciador das Feiras Novas, do ano de 1994.
“A propósito aí vai a tradição que explica o antiquíssimo brinquedo da ”vaca das cordas“, em véspera do Corpo de Deus. A igreja Matriz da primitiva Vila era templo pagão dedicado a uma deusa, que eles, os pagãos, adoravam sob a forma duma vaca.
Quando os cristãos fizeram sua esta Vila e converteram em templo cristão a igreja, tiraram dum nicho a imagem da deusa Vaca, prenderam-na com cordas, com ela deram três voltas à igreja e depois arrastaram-na pelas ruas da Vila, com aprazimento de todos os habitantes. Daí o tradicional costume da “vaca das cordas” (hoje parece-me que é “touro”) ainda com as três voltas à igreja Matriz e correria pelas ruas, para gáudio do rapazio e até dos mais velhos, com tanto que se pilhem, seguros, vem longe da rede que os da corda costumam lançar-lhes.”
É claro, esta explicação da origem da Vaca das Cordas não resiste a um confronto com a história, mas fica pelo seu cunho lendário e porque, ao descrever a forma da sua realização, no seu tempo, o Padre Roberto Maciel, então com 38 anos, nos deixa um pormenor interessante: a rede que, segundo ele, os da corda lançavam.
Seria para proteger o animal daqueles que “procuravam atingi-lo com o afilado prego seguro na extremidade de uma vara”?[i]
[i] - como transcreve, de um exemplar do jornal O Eco do Lima, do ano de 1908, José Carlos Loureiro, em O Anunciador das Feiras Novas, do ano de 1994.
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