“Veremos na véspera do Corpus Christi, um touro bravo, preso por duas grossas e compridas cordas, dar três voltas à Igreja Matriz e ser levado, pelas ruas e largos da vila, em correria veloz, no meio de estrídula algazarra, fugas precipitadas, grandes trambolhões e pegas voluntárias ou forçadas, como que numa espécie de balanço anual às aptidões tauromáquicas do indígena.
Espectáculo bárbaro e único no país – que a tradição, seja vaca ou boi o animal corrido, epicenamente baptizou de vaca-das-cordas – ele constitui, segundo os entendidos, uma sobrevivência pré-histórica da zoolatria pagã.”
[excerto do texto, Ponte do Lima – Estância da Divindade, in Portugal Económico, Monumental e Artístico, 1939]
Espectáculo bárbaro e único no país – que a tradição, seja vaca ou boi o animal corrido, epicenamente baptizou de vaca-das-cordas – ele constitui, segundo os entendidos, uma sobrevivência pré-histórica da zoolatria pagã.”
[excerto do texto, Ponte do Lima – Estância da Divindade, in Portugal Económico, Monumental e Artístico, 1939]
Sem comentários:
Enviar um comentário