sábado, 29 de dezembro de 2007

CASAS DE ESCRITORES NO MINHO


Começo por felicitar a editora. Desconheço se por opção ou mera coincidência, até agora a Opera Omnia, sediada em Guimarães e dirigida por José Manuel R. Costa, só publicou autores minhotos.
Esta editora estreou-se em 2006, com “Poesias e outros dispersos”, de Teófilo Carneiro, obra coordenada por José Cândido Martins, recebida com muito agrado, e tem 9 títulos em catálogo, 3 deles de ponte-limenses. A Teófilo Carneiro/José Cândido Martins, e o referido “Poesias e outros dispersos”, acrescente-se “Itinerarium III”, de 2006, e “Contos Baldios”, deste ano, ambos de Cláudio Lima.
Uma das suas mais recentes edições, da responsabilidade do jornalista Secundino Cunha, tem o título de “Casas de Escritores no Minho” e leva-nos em visita a 15 casas, repartidas por diversas localidades, ligadas a 14 respeitáveis autores, todos já falecidos. É uma agradável viagem que nos revela aspectos interessantes da vida e obra de Raul Brandão, João Verde, Conde D’Aurora, António Correia de Oliveira, Tomaz de Figueiredo, Francisco de Sá de Miranda, Pedro Homem de Melo, Teixeira de Queiroz, António Pedro, Aquilino Ribeiro, Alfredo Pimenta, Ruben A., Luís de Almeida Braga e Camilo Castelo Branco.
Todas as casas, devidamente historiadas e descritas, são, claro, no Minho. Nove ficam no distrito de Viana do Castelo e 6 no de Braga.
Dos escritores retratados – e as fotografias, antigas e actuais, estas da autoria de Sérgio Freitas e, uma, de Manuel Roque, das personalidades e dos locais, preenchem uma parte importante da edição extremamente cuidada – seis nasceram no Minho: João Verde em Monção, Conde D’Aurora em Ponte de Lima, Tomaz de Figueiredo em Braga, Teixeira de Queiroz nos Arcos de Valdevez, Alfredo Pimenta em Guimarães e Luís de Almeida Braga em Tadim, Braga.
Fica o apontamento e o convite para uma visita mais demorada, e seguramente mais proveitosa, pelas 159 páginas do livro.

1 comentário:

volita disse...

Será que não existe uma escritora e poeta feminina. O conjunto das vossas referências parecem estar imbuídas de um viés masculino que não visibilidade uma mulher. Pena que ainda estejamos neste ponto