Desde 1976, as primeiras eleições
autárquicas realizadas em conformidade com a Constituição da República
Portuguesa aprovada nesse mesmo ano, que a Presidência da Câmara Municipal de
Ponte de Lima apenas conhece uma cor política: a do CDS[1].
Em todas as 11 eleições municipais, sempre o
CDS, sozinho ou coligado na AD, garantiu a presidência da Câmara, e só em duas
ocasiões, 1976 e 1985, sem maioria absoluta.
De 1976 a 1993, cortado pela presença da AD,
existiu maior equilíbrio eleitoral. Em 1976 foram eleitos 3 membros oriundos da
lista do CDS, 3 do PSD e 1 do PS. Em 1979, a AD obteve 6 mandatos e o PS 1. Em
1982, a AD conseguiu eleger 5 membros e o PS 2. Em 1985, o CDS elegeu 3 membros,
o PSD, 3 e o PS, 1. Em 1989, o CDS elegeu 4 membros e o PSD, 3. Em 1993,
novamente o CDS com 4 e o PSD com 3.
A partir desta eleição, interrompida pela de
2001, a do ano da Lista de Cidadãos, que o CDS consegue maior domínio. Em 1997,
o CDS obteve 5 mandatos, contra 2 do PSD. Em 2001, o tal ano da candidatura de
Daniel Campelo à frente de lista de cidadãos, esta obteve 4 mandatos contra 2
do PSD e 1 do PS. Em 2005, o CDS teve 5 mandatos, o PSD, 1 e o PS., 1. Em 2009,
o CDS conseguiu 6 eleitos, contra 1 do PSD. No corrente ano, o CDS obteve 5
mandatos, o PSD, 1 e o Movimento 51, encabeçado pelo anterior vereador do PSD,
também 1.
Retirando os anos de coligação, o CDS obteve
o seu melhor resultado em 2009 (64,37% dos votos e 6 eleitos), e o pior em 1985
(42,57% dos votos e 3 eleitos); o PSD teve a sua melhor expressão eleitoral em 1989
(39,66% dos votos e 3 eleitos), e a pior em 2013 (15,85% dos votos e 1 eleito).
O PS fez o seu melhor em 1982 (23,37% dos votos e 2 eleitos), e o seu pior em
1989 (8,57% dos votos e nenhum eleito). Quanto à CDU, o seu melhor é de 1982
(7,10% e 0 eleitos) e o seu pior de 1997 (1,72% dos votos e 0 eleitos). Em 1985
concorreu, também, o PRD que conseguiu, sem qualquer eleito, 3,31% dos votos.
Em 1993, o PPM apresentou-se a sufrágio, ficando com 0,99% dos votos e nenhum
eleito.
A eleição para a Assembleia Municipal
conhece um hiato no domínio do CDS. De facto, em 1989 é o PSD o partido mais
votado para este Órgão, sem conseguir a maioria absoluta dos eleitos (obteve 23
dos 52 eleitos).
Em todas as outras eleições, e também aqui
retiramos os anos de coligação, é o CDS o partido mais votado, sempre sem
maioria absoluta até 1993 inclusive e com ela em todas as eleições posteriores,
mas, sempre, com menor expressão eleitoral do que para a Câmara Municipal.
O CDS tem o meu melhor em 2009 (60,97%), e o
seu pior em 1989 (39,01%). O PSD consegue o seu melhor, sendo mesmo o partido
mais votado, como já referido, em 1989 (42,34%), e o seu pior em 2013 (18,11%).
O PS arrecada, em 1982, 22,98% dos votos, em 2013, consegue 10,65%. A CDU, em
1982 tem 7,29% dos votos e em 1997, 2,73%. Em 1985 concorreu o PRD que
conseguiu 3,31% dos votos. Este ano, 2013, o Movimento 51 obteve 12,65% dos
votos e elegeu 5 membros, dos agora 40 eleitos directamente para este órgão. Anteriormente
eram eleitos 52 membros para a Assembleia Municipal a que se juntavam, por
inerência do seu cargo, 51 presidentes de junta. Com a nova ordenação, passam a
participar, na Assembleia Municipal, 39 presidentes de junta, menos 12 que
anteriormente, tantas são as juntas que foram extintas.
[1]
- Como todos sabemos, em 2001, Daniel Campelo, então em conflito com a direcção
do seu partido, apresentou-se em lista de cidadãos. No entanto, para a Assembleia
Municipal não concorreu, sim o CDS que, por sua vez, não se apresentou a
sufrágio para a Câmara Municipal. Na prática, ambas as listas eram apoiadas e
constituídas, maioritariamente, por afectos àquela força política.
Nota: por facilidade de
leitura, não se teve em atenção as alterações de designação por que passaram
diversas forças políticas, utilizando-se a que, agora, está mais vulgarizada.
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