sexta-feira, 1 de julho de 2016

Ponte de Lima: "para início da Biblioteca Municipal"



Na sessão, da Câmara Municipal de Ponte de Lima, realizada em 15 de Outubro de 1891*, a que estiveram presentes o Conde de Calheiros, Francisco Lopes de Calheiros e Meneses (Presidente), Dr. João do Nascimento Reis da Costa (Vice-Presidente), os Vereadores José Antunes da Silva Faria, Plácido Pereira de Araújo, Alípio de Abreu Pereira Maia e João Evangelista da Silva e o Secretário da Câmara, Casimiro Augusto Alves Pereira, no “1.º Orçamento Suplementar ao Ordinário do Corrente Ano de 1891” foi lançada uma verba de 66.856 réis, como despesa facultativa e “para aquisição de publicações para início da biblioteca municipal, encadernação do dicionário «Portugal Antigo e Moderno» - de Pinho Leal e compra dos dois restantes volumes e de uma estante para arrumação das referidas obras e das que de futuro se adquirirem.”
  Poderá ter sido a primeira vez que a intenção de criar uma biblioteca municipal era manifestada, com confirmação, na sessão de 26 do mês seguinte, na aprovação do Orçamento para 1892, que consignava 150.000 réis “para compra de livros, assinaturas de publicações e encadernações das mesmas para a Biblioteca Municipal.”

* - No n.º 95 do jornal O Commercio do Lima, Ponte de Lima, 06 de Junho de 1908, António Oliveira, no texto Biblioteca Popular, escreve que "Tempo houve em que as câmaras municipais foram obrigadas a inscrever nos seus orçamentos uma determinada verba para custeio das bibliotecas municipais. … Mas tudo isso foi sol de pouca dura, porque essa legislação teve apenas a duração das rosas de Malherbe.(…)". Não conseguimos, até agora, datar a referida legislação.
 
Fonte: AMPL - Livro de Actas da Câmara Municipal de Ponte de Lima, 1891.02.17 – 1892.12.15

Na imagem: o edifício da Câmara Municipal de Ponte de Lima, num desenho de Justino Vaz Valente (Ponte de Lima, 1898-1954)

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