Portugal iniciou a sua participação nos
Jogos Olímpicos em 1912, em Estocolmo, na Suécia, onde, então, era nosso
diplomata António Feijó. A ele, nessa qualidade, coube receber e apoiar a
delegação lusa. Infelizmente, a principal esperança portuguesa para os jogos, o
maratonista Francisco Lázaro, veio lá a falecer e o limarense António Feijó
acompanhou muito de perto esse drama.
Em 1948, nos segundos jogos disputados em Londres, esteve
presente o atleta natural de Ponte de Lima, onde nasceu a 25 de Abril de 1923,
Nuno Morais. Disputou as provas de 100 e 200 metros, em atletismo. Era, na
altura, o recordista nacional de 200 metros e, ainda, co-recordista de 100
metros. Tinha sido, em ambas as distâncias, Campeão de Portugal no ano
anterior. Não passou das eliminatórias.(1)
Em 2012, nos terceiros jogos olímpicos
disputados em Londres, Ponte de Lima assistiu, com orgulho, à conquista da medalha
de prata, em canoagem (K2- 1.000 metros), pelo seu natural Fernando Pimenta,
nascido a 13 de Agosto de 1989 (em parceria com Emanuel Silva, outro atleta
minhoto). Foi a primeira medalha conquistada para essa modalidade. Nestes
jogos, a participação anunciada, para a mesma
embarcação, na distância de 200 metros, não se realizou.
Em
2016, nos jogos do Rio de Janeiro, Fernando Pimenta disputou as provas de K1 –
1000 metros, alcançando o 5.º lugar, o melhor resultado de sempre de Portugal,
nesta embarcação, apesar de ter sido atingido por situação anómala que originou
um protesto subscrito por metade dos países representados na final*. Fez ainda parte
da tripulação, com Emanuel Silva, João Ribeiro e David Fernandes, que, em K4 –
1.000 metros, conseguiu a 6.ª posição, novamente a melhor prestação portuguesa
de sempre.
Fernando
Pimenta alcançou assim, em todas as provas em que participou, até ao momento em
Jogos Olímpicos, um lugar de destaque, obtendo, para além da medalha de prata
de 2012, sempre diploma olímpico, sendo um dos raros atletas portugueses, com presença em mais de uma olimpíada, a
conseguir esse feito e o único da sua modalidade.
Acresce que Ponte de Lima viu ainda, nesta última olimpíada (a sua estreia nesta competição, creio), mais um dos seus, a justa participação do treinador de canoagem Hélio Lucas.
Acresce que Ponte de Lima viu ainda, nesta última olimpíada (a sua estreia nesta competição, creio), mais um dos seus, a justa participação do treinador de canoagem Hélio Lucas.
*“Portugal juntou-se, na
noite de anteontem, aos protestos contra as folhas na água que travaram
Fernando Pimenta (5.º), Rene Holten Poulsen (6.º), Max Hoff (7.º) e Peter Gelle
(8º) na final de K1 1000 metros. “O protesto formal deveria ser imediatamente
entregue após o final da prova, mas ninguém o fez, pois as manifestações de
desagrado dos atletas só se perceberam depois”, reconheceu Vítor Félix,
presidente da Federação Portuguesa de Canoagem. A Eslováquia, de Gelle,
protestou cedo, mas Portugal, Dinamarca e Alemanha só entregaram as reclamações
à noite. “Fica registado, mas a realidade é que nunca vimos uma final ser
repetida, portanto mesmo um protesto mais cedo pouco resolveria”. Será, então,
só para marcar posição. Final não será repetida.” (O Jogo, 18.08.2016)
[1] Importa ter em atenção que
Nuno Morais terá nascido em Braga, sendo o seu pai, Durval de Morais, natural
de Ponte de Lima.
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