No mesmo dia em que a
administração da Câmara Municipal de Ponte de Lima passava, oficialmente, para
as mãos dos republicanos, Reinaldo Varela (Ponte de Lima[ii], 1861 - Lisboa, 1940), criava o seu Fado
Republicano.[iii]
Reinaldo
Varela, herdeiro de tradição familiar, possuía formação musical e distinguiu-se
como compositor, guitarrista, cantor e professor, tendo elaborado vários
compêndios, entre eles, os publicados com os títulos (grafia actualizada) de
"Compêndio mais correcto e aumentado para aprender a tocar guitarra sem
música e sem mestre", "Método prático e simples para aprender a tocar
bandolim sem música", "Método fácil de viola-francesa para aprender
sem música", "Breves explicações sobre o processo de tocar guitarra e
bandolim, pelo sistema de algarismos".
O seu nome ficará, para sempre, ligado à história do fado, quer como
compositor (os seus fados ainda são interpretados, na actualidade), quer como
cantor, sendo-lhe atribuída, desde 1904, a gravação de cerca de 150 discos.
Este artista actuou em Ponte de Lima, em diversos locais, entre eles o
Teatro Diogo Bernardes.
[i]-
Desde 2006, por diversas vezes, nos referimos a
esta personalidade (http://limianismo.blogspot.pt/search?q=reinaldo+varela).
[ii]-
Na obra Figuras Limianas, Município de Ponte de Lima,
2008, existe texto da responsabilidade de José Aníbal Marinho Gomes, com
biografia desta personalidade e onde a questão da sua naturalidade merece
ponderação.
[iii]- É agora possível verificar a existência de uma versão (desconhecemos se a original) com
diferenças da modernamente gravada por diversos intérpretes, como, entre outros, Vitorino, e com a particularidade de ser executada por Reinaldo Varela.
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