sábado, 22 de outubro de 2016

SEM

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   Os donos, de vidas e almas*, estão-se nas tintas para as consequências das desgraças criminosos que, por toda a parte, semeiam. Alguns dos seus acólitos até se divertem a bater com uma mão no seu peito e com a outra em todo aquele que lhe estorve a ascensão. Será, assim, para eles, inútil recordar, por exemplo, este excerto do poema, de António Feijó, “A águia prisioneira”: «Alma humana! Águia cega em perpétua ansiedade,/ Por mais alto que eleve o desvairado arrojo,/ Quando julga atingir a suprema verdade,/ No pó, donde partiu, cai outra vez de rojo.»
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*“O poder mundial realmente existente está em grande parte na mão de gigantes que ninguém elegeu, e sobre os quais há cada vez menos controle. São trilhões de dólares em mãos de grupos privados que têm como campo de ação o planeta, enquanto as capacidades de regulação mundial mal engatinham. Pesquisas recentes mostram que 147 grupos controlam 40% do sistema corporativo mundial, sendo 75% deles bancos. Cada um dos 29 gigantes financeiros gera em média 1,8 trilhão de dólares, mais do que o PIB do Brasil, oitava potência econômica mundial. O poder hoje se deslocou radicalmente”(cf. Governança corporativa op.cit)
 “1% mais rico controla mais da metade da riqueza mundial. 62 famílias têm um patrimônio igual à metade mais pobre da população da Terra. 16 grupos controlam quase a totalidade do comércio de commodities (grãos, minerais, energia, solos, água).” 

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