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Os donos, de vidas e almas*, estão-se nas
tintas para as consequências das desgraças criminosos que, por toda a parte,
semeiam. Alguns dos seus acólitos até se divertem a bater com uma mão no seu
peito e com a outra em todo aquele que lhe estorve a ascensão. Será, assim,
para eles, inútil recordar, por exemplo, este excerto do poema, de António
Feijó, “A águia prisioneira”: «Alma humana! Águia cega em perpétua ansiedade,/
Por mais alto que eleve o desvairado arrojo,/ Quando julga atingir a suprema
verdade,/ No pó, donde partiu, cai outra vez de rojo.»
…….
*“O poder mundial realmente existente está em grande parte na
mão de gigantes que ninguém elegeu, e sobre os quais há cada vez menos
controle. São trilhões de dólares em mãos de grupos privados que têm como campo
de ação o planeta, enquanto as capacidades de regulação mundial mal engatinham.
Pesquisas recentes mostram que 147 grupos controlam 40% do sistema corporativo
mundial, sendo 75% deles bancos. Cada um dos 29 gigantes financeiros gera em
média 1,8 trilhão de dólares, mais do que o PIB do Brasil, oitava potência
econômica mundial. O poder hoje se deslocou radicalmente”(cf. Governança
corporativa op.cit)
“1% mais rico controla mais da metade da riqueza
mundial. 62 famílias têm um patrimônio igual à metade mais pobre da população
da Terra. 16 grupos controlam quase a totalidade do comércio de commodities (grãos, minerais, energia, solos, água).”
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