JOSÉ ROSA DE ARAÚJO – GUARDA-MOR DA TORRE DA CADEIA*
José Augusto Rosa de Araújo nasceu em Viana do Castelo a 30 de Novembro de 1906.
A par da sua actividade profissional, e após ela, desenvolveu importante labor em diversas vertentes. Do desenho à cerâmica, do publicismo à etnologia, passando por outras abordagens, é vasta e importante a obra desse homem que a Ponte de Lima dedicava um carinho especial.
Por aqui andou durante muitos anos, nos seus tempos livres, na companhia sábia do Padre Manuel Dias, a que posteriormente se juntaram, com oração semanal no Café Rio Lima, os “irmãos leigos”1 Luís Marinheiro, Rúben Brandão e Luís Dantas, na procura e recolha de elementos da nossa identidade. Também emparceirou com António Matos Reis, outro estudioso que à história local tem trazido significativos contributos.
Aqui se instalou, a partir de 1979, a convite do então Presidente da Câmara, João de Abreu Lima, para organizar e dirigir o Arquivo Municipal.
E só daqui saiu, obrigado pela doença, em 1991, legando a esta vila um trabalho de reconhecida valia e tornando acessíveis, fruto de variadas iniciativas, e empenhada colaboração de, entre outros, João Gomes d’Abreu, Ovídio de Sousa Vieira, José Nuno de Oliveira e António Carlos Matos, muitos documentos locais.
Faleceu, no Porto, para ele “um deserto de pedra”2, a 31 de Janeiro de 1992.
Em 1993, a LIMICI reuniu em volume e editou a Página Regional de Arqueologia Artística e Etnografia – LIMIANA, que, com orientação de José Rosa de Araújo, o semanário Cardeal Saraiva foi publicando em folhetins, entre 31 de Outubro de 1969 e 8 de Novembro de 1991, servindo de suma, embora muito parcelar, do seu trabalho e, felizmente, permitindo-nos quinhoar dessa parte da sua herança cultural, pois a maioria da sua obra, apesar de algumas republicações recentes, não é de fácil acesso.
Ficaria a ganhar a região se, numa congregação de esforços, várias entidades oficiais e privadas dos diferentes concelhos bafejados por estudos seus, reunissem e dessem à estampa toda a obra de José Rosa de Araújo.
Haveria de chegar aos patronos o acordo do
José Augusto Rosa de Araújo nasceu em Viana do Castelo a 30 de Novembro de 1906.
A par da sua actividade profissional, e após ela, desenvolveu importante labor em diversas vertentes. Do desenho à cerâmica, do publicismo à etnologia, passando por outras abordagens, é vasta e importante a obra desse homem que a Ponte de Lima dedicava um carinho especial.
Por aqui andou durante muitos anos, nos seus tempos livres, na companhia sábia do Padre Manuel Dias, a que posteriormente se juntaram, com oração semanal no Café Rio Lima, os “irmãos leigos”1 Luís Marinheiro, Rúben Brandão e Luís Dantas, na procura e recolha de elementos da nossa identidade. Também emparceirou com António Matos Reis, outro estudioso que à história local tem trazido significativos contributos.
Aqui se instalou, a partir de 1979, a convite do então Presidente da Câmara, João de Abreu Lima, para organizar e dirigir o Arquivo Municipal.
E só daqui saiu, obrigado pela doença, em 1991, legando a esta vila um trabalho de reconhecida valia e tornando acessíveis, fruto de variadas iniciativas, e empenhada colaboração de, entre outros, João Gomes d’Abreu, Ovídio de Sousa Vieira, José Nuno de Oliveira e António Carlos Matos, muitos documentos locais.
Faleceu, no Porto, para ele “um deserto de pedra”2, a 31 de Janeiro de 1992.
Em 1993, a LIMICI reuniu em volume e editou a Página Regional de Arqueologia Artística e Etnografia – LIMIANA, que, com orientação de José Rosa de Araújo, o semanário Cardeal Saraiva foi publicando em folhetins, entre 31 de Outubro de 1969 e 8 de Novembro de 1991, servindo de suma, embora muito parcelar, do seu trabalho e, felizmente, permitindo-nos quinhoar dessa parte da sua herança cultural, pois a maioria da sua obra, apesar de algumas republicações recentes, não é de fácil acesso.
Ficaria a ganhar a região se, numa congregação de esforços, várias entidades oficiais e privadas dos diferentes concelhos bafejados por estudos seus, reunissem e dessem à estampa toda a obra de José Rosa de Araújo.
Haveria de chegar aos patronos o acordo do
1 – Designação dada aos principiantes, cf. Dias, Padre Manuel, In “Por Terras de Ponte com José Rosa de Araújo”, Limiana, Edição Limici, Ponte de Lima, 1993.
2 - Cf. Dias, Padre Manuel, obra citada.
* - É importante referir que a atribuição a José Rosa de Araújo do "cargo" de Guarda-Mor não é da minha autoria. Já outros o fizeram, em diversas ocasiões e locais, seguramente com maior rigor e aproveitamento.
2 comentários:
Gostei muito de encontrar aqui a recordação de uma pessoa que me foi muito querida na minha adolescência. A torre da cadeia velha, o jornais antigos para organizar, o privilégio de ter visto o foral e o sentido de humor que derrubava as fronteiras da idade. Ainda o vejo no alto das escadas a dizer " não touço".
É reconfortante verificar o rasto de memória e afecto espalhado pelo José Rosa Araújo.
Obrigado, Monalisa.
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